Fobia de voar maio 25, 2010
Posted by danifarias in Aleatoriedades.Tags: avião, viagem
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Ontem a mãe ficou me perguntando se eu não ia ter medo de ir morar sozinha tão longe, que o pai tava preocupado comigo. Minha resposta: “Mãe, a única coisa de que eu tenho medo é o avião, o resto eu me viro.“.
Despite the proven safety record of air travel, no one can argue that it doesn’t really make any sense that it can happen safely. I mean, you’re flying in the air inside of like a metal bird with like a hundred miles of wires running through it. How is it not crashing? Stuff falls right? Especially big, heavy stuff? Anyway apparently it’s really safe, and that’s what this shirt is about.
Aceito essa camisa de presente.
Pois é, eu pensei que eu tinha perdido minha fobia de avião em janeiro…pff! Hoje de noite praticamente não dormi, imaginando e lembrando e repassando trocentos acidentes, e tudo isso por que eu tava procurando passagens. Acho que ao menos tô mais controlada, mas longe de ficar tranquila…:/
Eu sofro com isso desde pequena, e lembro de todos os ataques de pânico que eu tive quando criança e das vergonhas que eu fiz a mamãe passar – incluindo bloquear o embarque num Transbrasil (é o novo!), não querendo passar da porta do avião. A aeromoça precisou me puxar. Eu tinha o quê, 4, 5 anos? Sei lá. :P
É algo irracional: por causa da fobia, eu li muito mais sobre aviões e segurança de vôo do que muita gente. Sei todas as estatísticas, sei que é muito pior andar numa estrada daqui, que muita mais gente morre no trânsito, sei as coisas que os pilotos podem fazer pra salvar um avião, quantos motores modelo X tem…mas parece que quanto mais conhecimento eu tenho, pior: também sei que as coisas mais miúdas é que fazerm dar errado! Tudo culpa do Discovery Channel. Ignorance is bliss. :~
Btw, nunca voe num Tupolev! O último que caiu matou o presidente da Polônia...pera, último? Provavelmente já deve ter caído outro desde então. >.<
Descobri que além da TAP, existem outras opções pra voar daqui de Fortal pra Europa sem precisar ir até RJ/SP. Os mais tentadores foram um vôo da Condor (alemã) que sai daqui, vai pra Salvador, de lá pra Frankfurt e de lá pra Estocolmo; e os vôos charters (fretados). Parece que existe um charter de Fortal direto pra Finlândia (de lá eu podia pegar outro pra Gotemburgo, só uma conexão). Mas esse só aparece em determinadas épocas…
Mas sim, a fobia! Nessa procura, eu comecei a encontrar umas companias muito underground que só operam vôos charter, então é normal que ninguém nunca tenha ouvido falar delas. Tem um charter pra Itália de uma tal de Livingstone, e um pra Holanda de outra chamada Arke Fly.
O que uma pessoa normal faria? Pesquisaria preços e datas, e no caso de um vôo charter, qual a empresa de turismo responsável por eles. O que a Daniela faz? Olha a quantidade de conexões e paradas (quanto menos decolagens melhor, claro), lê reviews e pesquisa o histórico de acidentes. E foi assim que descobri que não quero ir de Arke Fly, pois os aviões são todos acabados, uns Boeings 767 com 13 anos de idade. o/ Sou doente, admito.
O azul com vermelho não ajuda.
E ninguém precisa comentar que o da TAP no qual eu viajei (e provavelmente vou viajar de novo) era um Airbus A330, igualzinho aquele da AirFrance que sumiu no oceano e esse que caiu semana passada na Líbia. ;_____;
Aiai. Vou voltar a ler a Tenho medo de avião mas voo, ajudou bastante na última viagem. É bom saber que eu não sou a única louca-bicho-do-mato do mundo, e que todo mundo tem suas nóias. Mesmo ainda sendo maluca, melhorei bastante e me comportei bem direitinho na última vez. Tá que suei frio que só, e que a pressão baixou umas vezes, mas ninguém viu. *proud*
(Se meu avião cair, esse post vai ter sido bem mórbido e vai sair na imprensa. Revista Veja, te odeio!)
….olha o tipo de coisa que eu penso. *bate na madeira*
Pra animar, outra estatística: Parece que o acidente da Air France foi o primeiro desde que a rota do Atlântico Sul começou a operar comercialmente. Antes dele, só em 1936…então é certo de que estarei viva pra carimbar o precioso selo Entei®.
Tá tudo bem agora.
Do casamento sueco (Não, eu não tô pensando em casar!) maio 21, 2010
Posted by danifarias in Aleatoriedades.Tags: cultura, família real, Suécia
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Eu juro que não pretendo usar isso aqui só pra falar da mudança, da Suécia e blabla, mas ontem eu passei por um choque cultural antes mesmo de chegar lá e resolvi comentar. :p
A Suécia é uma monarquia parlamentar, então tem rei, rainha, princesa e o diabo a quatro – e claro, muita fofoca.
(Btw, todo país devia ter uma família real pra nutrir as revistas de disse-me-disse e aquecer a economia, gerando emprego para os sub-jornalistas e entretendo milhões de dondocas nos salões. Se bem que aqui a gente não precisa de uma família real per si, as novelas e a realeza futebolística cumprem bem esse papel, heh. ) /randomrant
Mas como eu ia dizendo, a princesa Victoria vai se casar em junho, com um plebeu (seu ex-personal trainer); e isso parece bem comum por lá. A irmã dela, princesa Madeleine, ia casar com um advogado esse ano (mas desmanchou o noivado porque ele tava chifrando a pobi com uma norueguesa, escândalo total). Até mesmo a rainha Sílvia não é de linhagem real (ela é filha de uma brasileira; muitos pensam que ela é brasileira, mas na verdade ela é alemã. No entanto, ela morou aqui na infância bastante tempo e diz que é “brasileira de coração”).
O casalzinho em questão.
Ver a realeza casando com pessoas comuns condiz totalmente com a famosa filosofia sueca de pregar a igualdade total entre todos. A Suécia é um país que se orgulha de respeitar as diferenças e tratar a todos como iguais, sem distinção de sexo, raça ou credo. Basicamente qualquer coisa que você leia sobre a Suécia vai citar esse aspecto (mesmo que não seja totalmente verdade nos dias de hoje, como muitos imigrantes relatam).
E é esse ponto que nos leva à grande fofoca de ontem, primeira página dos jornais e papoco grande no twitter: o terrível e absurdo fato de que a princesa Victoria quer que o pai dela a leve até o altar na cerimônia.
WTF, pensei eu.
A tradição da igreja sueca (de origem luterana) obedece a constituição ao pé da letra. Então, num típico casamento sueco, os noivos entram juntos na igreja, lado a lado. O ato simboliza que ambos estão ali por vontade própria, o pai não está “empurrando” a filha. Sendo assim, o desejo da princesa está ferindo o costume local e introduzindo o que eles chamaram de americanismo, dizendo que essa “moda” veio dos filmes. E claro, a princesa não pode dar mal exemplo.
Achei bonita essa história de entrar junto e tal, de certa forma. Mas é um costume que também retrata bem o quão individualistas independentes eles são – eles não tem esse apego com a família como os latinos tem, e não se importam nem buscam o aprovo de ninguém. Não estou dizendo que a família não seja importante pra eles (até porque não tenho conhecimento de causa), mas pelo o que eu sinto dos conhecidos que eu tenho por lá é que as raízes são bem menos profundas do que as que a gente cria por aqui.
Por lá, o casamento é dos noivos; aqui é mais do que isso, é uma união de famílias. E é óbvio que hoje em dia ninguem vê o pai entrando com a filha na igreja e pensa que ela está ali amarrada; é uma demonstração de afeto e respeito.
Essa leitura radical de simbolismos como esses me faz lembrar do pessoal do PETA e das feministas que ficam indignadas se um rapaz faz uma gentileza. As tais liberdade e igualdade não dão a ela o direito de escolher o que ela quer sem ser julgada? Uns diriam que sim, se ela fosse uma qualquer; mas ela é realeza né…afinal, qual é a função da realeza hoje em dia senão ser um símbolo, seja lá do que for?
Ah, claro, gerar fofoca e posts aleatórios como esse. :3
PS: Papai, se um dia eu casar (LOL) você vai entrar comigo onde quer que seja, viu? ;D
PS2: Como diabos eu sei tanto sobre a família real de lá? Nem eu sei, culpa do twitter acho. E todo mundo sabe que eu sou uma esponja de cultura inútil. :3
PS3: Não, novamente, eu não estou pensando em casar. ¬¬’
Vetor deslocamento maio 18, 2010
Posted by danifarias in Aleatoriedades.Tags: avião, Brasil, Suécia, TAP, viagem
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Hoje recebi um e-mail do pessoal do consulado do Rio dizendo que enviaram minha papelada pra Brasília, e que sexta vai tudo pra Suécia….sem previsão de retorno. Normalmente em 2 meses sai uma decisão, mas pode ser bem mais ou bem menos. Sendo que a galera todinha que passou tá pedindo visto ao mesmo tempo, deve estar uma delícia lá no setor de imigração. Haja saco. ;_;
Na hora do almoço vi uma agênciazinha de turismo e resolvi dar uma olhada nos preços das passagens. Quando eu fiz uma consulta prévia no site da TAP, vi que uma passagem só de ida custa mais do que o dobro de uma passagem ida e volta. Fiquei intrigada e resolvi perguntar na agência, e a moça confirmou. Quando você compra ida e volta, há 3 tetos de preço: pra quem volta em 3 meses, em 6 meses e em 1 ano (quanto mais tarde, mais caro). Ela disse que no meu caso, normalmente o pessoal compra ida e volta e descarta a volta. Mas que diabos, por que eu tenho que pagar a volta então? Qual o motivo desses preços? :/
A TAP tem uma página no Facebook, onde eles costumam responder perguntas bem rápido. Perguntei a razão, e eles responderam assim:
Olá Daniela,
De facto é assim, na TAP e nas outras companhias.
Razão? Política comercial.
A opção que tem é precisamente comprar um bilhete ida/volta, utilizar só a ida e, quando decidir regressar, comprar um bilhete só regresso que compensa, isto porque da Europa para o Brasil é mais económico só ida, do que ida e volta.
Pera. “Da Europa para o Brasil é mais econômico só ida do que ida e volta?”. Então um europeu paga menos para voar o mesmo trecho que a gente, sendo que a única diferença é o sentido do vetor deslocamento? Isso não me parece política de preços, parece política migratória. Se você for barrado na checagem de passaporte quando chega na Europa e for mandado de volta, quem tem de te transportar de volta é a companhia aérea que te levou. A impressão que dá é que pagando ida e volta, você já tá com o “seguro deportação” pago, ou algo assim. Ao menos é o que a resposta deles deixa a entender se você pensar por esse lado…
(olhei no site da TAP uma passagem só de ida Gotemburgo -> Fortal, e tava super caro de qualquer jeito. Então das 2 uma: Ou essa pessoa que respondeu não sabe de nada, ou o site reconhece que eu tô no Brasil. xD)
Depois apagaram o post e deixaram só isso:
Olá Daniela,
A opção que tem é precisamente comprar um bilhete ida/volta, utilizar só a ida e, quando decidir regressar, comprar um bilhete só regresso que compensa, isto porque da Europa para o Brasil é mais económico só ida, do que ida e volta.
Não que tenha melhorado alguma coisa, hehe. :p Anyway…eu que quero ir com tudo direitinho vou me lascar pagando mais. ;_;
Tô pensando em usar a passagem de volta pra vir pra formatura da minha irmã, mas isso implica que eu vou ter de comprar outra ida e volta depois…fora que a formatura é em janeiro e eu já devo estar em aulas nessa época. Meh. Vou deixar pra comprar tudo e decidir isso quando tiver com o visto em mãos (e tomara que seja cedo, quanto mais perto da data mais caro!)
Ah, estudei um bocado de sueco hoje. Aprendi a dizer “eu não entendo sueco”, Jag föstår inte Svenska. Muito útil. :3
Rosetta Stone maio 16, 2010
Posted by danifarias in Utilidade Pública.Tags: aprender, línguas, Sueco
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Tava entediada hoje, então resolvi aproveitar o tempo e aprender um pouquinho de sueco. Estou estudando com alguns livros; no entanto hoje resolvi testar o método Rosetta Stone, muito famoso entre o pessoal que quer aprender japonês pra traduzir mangá. :)
Pois é, você pode usar o Rosetta Stone pra aprender diversas línguas – na Wikipedia você encontra a lista completa (tem até latim!). Funciona assim: Tem um programa principal, o client em si, que é comum a todas as línguas, e os packs com as linguagens disponíveis. Você instala a que quiser aprender e começa. O programa te dá varias opções – curso completo, conversação, frases úteis…daí em diante é bem intuitivo. As imagens, lições e frases são as mesmas para todos os idiomas.
De har pennor. *click*
Não há instruções ou nada do tipo; o programa apenas te mostra imagens e frases (escritas e faladas), e intuitivamente você vai completando os exercícios, que vão aumentando em nível de dificuldade. Há bastante repetição, e entre uma nova lição e outra você vai ser convidado a refazer exercícios antigos – isso é importante para fixar o conteúdo, mas tende a ser bem tedioso depois de um certo tempo. Não há teoria ou gramática alguma; a idéia é que você aprenda “por imersão”. Você aprende uma palavra, depois outra, e vai estabelecendo conexões, que vão ficando mais e mais complicadas. Em certo momento, você nem raciocina mais.
Achei interessante, divertidinho, e é uma forma ótima para aprender vocabulário e ouvir um nativo falando. Mas um livro faz muita falta! Ainda não consegui entender o sentido nos plurais e gêneros (sueco me lembrou bastante alemão – por que esse povo inventou de complicar ao invés de só tascar um “s” no fim da palavra pra formar o plural heim? :p). Imagino como deve ser aprender as declinações do alemão no Rosetta Stone….ugh. Mas com o apoio de um livro pra explicar melhor, ajuda um bocadinho. :)
E claro, o bom é ir devagar. Hoje passei a metade do dia nisso, e apesar de lembrar de várias palavras, as construções das frases tão bem confusas na cabeça. Amanhã vou olhar mais um pouco pra cimentar.
Hej då!
Ajeitando… maio 15, 2010
Posted by danifarias in Aleatoriedades.Tags: blog, freezer, frio, Gotemburgo
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Arrumei o header do blog. Tô preguiçosa pra pensar, então joguei uma foto que fiz quando fui em Gotemburgo em janeiro no Illustrator, passei um trace rápido e pronto.
Gotemburgo, vista do alto da colina de Skansberget
Toda vez que eu vejo essa foto, só consigo lembrar da quantidade de tombos ridículos que eu levei por causa do gelo pra subir até aí. :p E o solzinho tava massa, dava quase pra pegar um bronze a -12ºC….brrr.
Visto maio 13, 2010
Posted by danifarias in Utilidade Pública.Tags: burocracia, mudança, Suécia, visto
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Liguei agora para o Consulado da Suécia no Rio de Janeiro. Receberam meus documentos e parece que está tudo correto; só estão em dúvida sobre um campo que eu deixei em branco. No formulário de imigração tem um campo para o meu endereço na Suécia; como eu ainda não tenho um, a funcionária de Brasília pediu que eu deixasse em branco; mas o pessoal do Rio achou bom que eu colocasse o endereço da faculdade no lugar. Vão descobrir o que fazer e me retornam; mas ao menos os documentos estão todos ok. :)
Aqui em Fortaleza tem um consulado honorário…mas sinceramente, o atendimento foi tão ruim que preferi pagar um Sedex e enviar meus documentos diretamente ao Rio. A atendente só sabia repetir que “visto é com Brasília”, mesmo quando Brasília e Rio me disseram que eu poderia entregar meus papeis aqui mesmo; quando eu disse isso a ela, respondeu “bem, você deixa os documentos aqui então que a gente faz o que eles mandarem”. Dá pra sentir confiança numa funcionária dessas?
Já no Rio não; as duas pessoas com quem falei, por telefone e mail, foram muito solícitas e simpáticas, e realmente me pareceram dispostas a ajudar.
Fiquei mais tranquila agora. Só esperar. :)
Hallå världen! maio 12, 2010
Posted by danifarias in Aleatoriedades.Tags: blog, Brasil, Gotemburgo, Suécia
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Pois é…pensei em começar um blog. Tive um faz muito tempo, lá por meados de 2002, mas não tinha assunto. Agora acho que vou ter, né? Pelo menos pra escrever besteira e dar notícias, já que no twitter o espaço é curto e eu quase sempre escrevo em inglês por causa da gringaiada camarada (tô pensando em abrir uma conta lá em separado…blé, depois penso nisso). Vou deixar isso aqui em português mesmo, pros amigos daqui.
Se você caiu aqui de paraquedas, eu sou a Dani e (pretendo) passar 2 anos na Suécia a partir de agosto, fazendo um mestrado em Gotemburgo. Acabei de pedir meu visto, e estou supernervosa (acho que criei esse blog um pouco cedo…vai que não dá certo? *bate na madeira 3x* :P). Esperei quase 6 meses pelo resultado da seleção, agora tenho de esperar ao menos 2 ou 3 meses pro resultado do visto…por enquanto aqui vai ser o espaço da agonia. ;)
Enquanto aguardo, vou começar a estudar sueco, procurar acomodação (já comecei na verdade, mas isso é um capítulo à parte) e continuar trabalhando aqui no escritório. E claro, ajeitando esse bloguinho, que ainda tá cheio de pontas soltas. :)
Välkommen!
do forno ao freezer 